EM 16 de dezembro de 2021

A saúde da nossa pele está intimamente relacionada com a nossa alimentação, isso porque, precisamos de nutrientes para a manutenção e reparo do nosso tecido cutâneo. São inúmeros fatores externos e internos que determinam também o processo de envelhecimento.

A flacidez, consequência do envelhecimento, é caracterizada pelo afinamento cutâneo, relacionada principalmente a mudanças abruptas de massa corporal, como nos casos de gravidez e redução do peso. É ocasionada pela perda da densidade e espessura dérmica, devido a diminuição na síntese do colágeno, elastina e ácido hialurônico na derme. Podem ainda ser agravadas pela exposição ao sol, pois a radiação UV causa fragmentação do tecido pelo aumento das enzimas que degradam a matriz extracelular.

Flacidez e menopausa

Outro fator acelerador da flacidez é a menopausa. Neste período, o corpo das mulheres sofre alterações metabólicas e hormonais, que contribuem para a redução da espessura da pele, ocasionando a perda progressiva de colágeno. Para minimizar a flacidez tissular, devido a menopausa, o tratamento mais realizado é a reposição de hormônios sintéticos, porém nem todas as mulheres podem utilizar este recurso e que deve ser prescrito por médicos.

Sendo assim, na nutrição, uma dieta com quantidade e qualidade proteica adequada e o uso da suplementação de colágeno hidrolisado, que possui maior concentração de glicina, prolina e hidroxiprolina, interfere positivamente no metabolismo dérmico. Os peptídeos, isolados por meio de tecnologias específicas, potencializam o efeito do colágeno oral, pois são digeridos e absorvido pelo trato digestivo, caindo na corrente sanguínea e chegando até a pele.

Na derme, os peptídeos específicos (Gly-Glu e Pro-Hydro), servem de matéria-prima para o fibroblasto (células que têm como função a síntese de colágeno e elastina) fazer a síntese do colágeno e da elastina. Há ainda o aumento da síntese do ácido hialurônico e de glicosaminoglicanos (componentes do tecido conjuntivo) que deixam a pele mais viscosa e com menos rugosidade, devido a ativação da enzima Hyaluronan sintetase 2.

Dicas para uma pele mais bonita: compostos bioativos

Porém, para que o colágeno oral cumpra bem sua função de estimular a produção de colágeno endógeno, que se origina no interior do organismo, pelo fibroblasto, é importante que o paciente tenha uma dieta rica em compostos bioativos. Para o nosso corpo produzir colágeno precisamos de cofatores como a vitamina C, zinco, cobre, selênio, manganês, entre outros.

A soja, o óleo do gergelim e o resveratrol (encontrado na uva), são compostos que podem ser utilizados em associação com o colágeno hidrolisado, pois ajudam a potencializar os efeitos dos peptídeos. Outros fitoquímicos, como o chá de hibisco, que possui altas concentrações do ácido fenólico e proantocianidinas, o chá verde, que minimiza o fotodano, e o chá de cavalinha, por ser fonte de silício, contribuem para a redução e prevenção da flacidez.

Nos nossos cursos, em especial o Diploma NaturalChef, sempre enfatizamos a importância de mantermos uma alimentação diversificada para a saúde do nosso organismo. Um dos pontos muito frisados são os compostos bioativos, que são compostos presentes em pequenas quantidades nos alimentos, principalmente nas frutas, verduras e legumes. Quando consumidos em boas quantidades, os compostos bioativos exercem diversos efeitos benéficos na saúde humana. Alguns exemplos muito conhecidos desses compostos são os polifenóis, carotenoides e glicosinolatos. Por isso, sempre batemos na tecla da importância de uma alimentação colorida, diversificada e rica em vegetais.

Por isso, para uma boa saúde da pele, consuma alimentos ricos em vitamina C, como vegetais frescos e alimentos antioxidantes, como boas fontes de gordura a exemplo do abacate e azeite de oliva. É importante também acrescentar fontes de selênio, manganês e zinco, como castanhas e sementes e leguminosas, além de fontes de proteínas e colágeno, como ovos e carnes magras.